Música e Trabalho O Bêbado e a Equilibrista Elis Regina











############################# Video Source: www.youtube.com/watch?v=lCWl-lamsZ8

Uma das mais conhecidas músicas da resistência contra a ditadura militar brasileira O Bêbado e a Equilibrista expressa a fragilidade e ambiguidade do processo de abertura política iniciado no fim da década de 1970. • Na memória social do Brasil a canção está fortemente identificada com a Lei da Anistia de agosto de 1979, sendo reconhecida como o “hino da anistia”. Não à toa. Depois de criada por João Bosco e Aldir Blanc, a intérprete Elis Regina mostrou a música ao cartunista Henrique de Souza Filho, o Henfil, que, por sua vez, ligou a música ao processo que se iniciava: “Agora temos um hino, e quem tem um hino faz uma revolução” afirmou Henfil. • Mas curiosamente o tema original da música não era a Anistia. Embora a letra se refira claramente a esse processo ao dizer: “Que sonha com a volta do irmão do Henfil/Com tanta gente que partiu/Num rabo de foguete/Chora/A nossa Pátria mãe gentil/Choram Marias e Clarisses/No solo do Brasil”, a melodia de João Bosco é uma homenagem ao ator e diretor Charlie Chaplin, falecido em 1977. • Sua harmonia tem acordes da canção Smile, do filme Tempos modernos (1936). E em sua letra, como uma esperança para abertura democrática, foi citada a história do sociólogo Hebert José de Sousa, o Betinho, “irmão do Henfil”, exilado no México desde 1971. • Mesmo que a Lei da Anistia tenha sido conquistada a duras penas, frágil, ingênua e vacilante como o bêbado e a equilibrista, atendendo apenas parte do interesse nacional, ela era um sinal de novos tempos. • Na chegada dos anistiados ao Brasil muitas pessoas levaram gravadores para tocar O Bêbado e a Equilibrista de modo que o casamento entre a música e aquele momento ficaria selado. Foi com essa trilha sonora que Betinho foi recebido no Aeroporto de Congonhas em 1979. • • O Bêbado e A Equilibrista • João Bosco e Aldir Blanc/1979 • • Caía a tarde feito um viaduto • E um bêbado trajando luto • Me lembrou Carlitos • A lua tal qual a dona do bordel • Pedia a cada estrela fria • Um brilho de aluguel • E nuvens lá no mata-borrão do céu • Chupavam manchas torturadas • Que sufoco! • Louco! • O bêbado com chapéu-coco • Fazia irreverências mil • Pra noite do Brasil • Meu Brasil! • Que sonha com a volta do irmão do Henfil • Com tanta gente que partiu • Num rabo de foguete • Chora • A nossa Pátria mãe gentil • Choram Marias e Clarisses • No solo do Brasil • Mas sei que uma dor assim pungente • Não há de ser inutilmente • A esperança • Dança na corda bamba de sombrinha • E em cada passo dessa linha • Pode se machucar • Azar! • A esperança equilibrista • Sabe que o show de todo artista • Tem que continuar • Gostou? Veja mais músicas aqui: http://migre.me/e3gpy

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