Banda do Filme Variações Canção do Engate Retirado do Filme Variações
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Criada no âmbito de ‘Variações’, o filme de tributo a António Variações, do realizador João Maia, que chegou às salas de cinema 22 de agosto, a Banda do Filme ‘Variações’ junta Sérgio Praia (ator que interpreta o papel de António Variações no filme), aos músicos Duarte Cabaça, David Santos, Vasco Duarte e Armando Teixeira – produtor musical responsável pela banda sonora do filme. • Este momento assinala, também a estreia de Sérgio Praia como cantor e o regresso do músico, compositor e produtor Armando Teixeira, que, através das famosas cassetes de António Variações, deu corpo às músicas que ele gravara na garagem, com músicos amadores, no final dos anos 70. • ‘Toma o comprimido’, a ‘Teia’, ‘Perdi a memória’, a ‘Canção do engate’ ou ‘Quero dar nas vistas’, um tema inédito encontrado no espólio de António Variações, são alguns dos temas que compõem a banda sonora do filme e que serão apresentados, ao vivo, num espetáculo único e repleto de surpresas e emoções. • A Banda do Filme ‘Variações’ celebrará com toda a devoção e entusiasmo as músicas do extraordinário cantor português. • LINKS ÚTEIS • https://bandafilmevariacoes.lnk.to/rD... • / bandafilmevariacoes • / bandafilmevariacoes • • Por Armando Teixeira • Quando o realizador João Maia me convidou para fazer a banda sonora do seu filme “Variações”, fiquei entusiasmado. Estimulou-me a possibilidade de reinventar a música do António Variações à luz dos nossos dias. Imaginei o que poderia fazer pelas suas canções agora. Seria mais eletrónico? Acústico? Andei uns dias empolgado com essa ideia e com a possibilidade de voltar a fazer música para cinema. • • Isto foi antes de me encontrar com o João. Logo percebi que não era nada disto que ele pretendia. O que o João não queria era que a música servisse o normal propósito de uma banda sonora: pontuar sentimentos, criar ambientes… não era essa a ideia. • No fundo ele não queria uma banda sonora, mas que eu desse corpo às ideias que o António Variações gravara na garagem com músicos amadores no final dos anos 70. • Antes de gravar qualquer disco, já o António e os músicos que o acompanhavam na altura tinham vestido as suas canções de roupagens bem distintas daquelas a que nos habituámos. É aí que acontece a música no filme. • • Para isso, o João deu-me a ouvir as famosas cassetes. Aí encontrei o António a cantar acapella, sobre uma caixa de ritmos, ensaios de banda e concertos. Era esta a ordem, primeiro compunha a música sozinho ou com a caixa de ritmos e depois, nos ensaios, os músicos faziam os arranjos. O trabalho parece ter sido intenso. Existem numerosas versões de cada canção. • Encontrei canções completas como o “Toma o comprimido”, excertos de canções como “Teia”, “Perdi a memória” e canções onde parece que faltam pedaços e estrutura como a “Canção de engate”. Encontrei até um inédito, chamámos-lhe “Quero dar nas vistas”. Parece ser uma canção desenvolvida em ensaio, mas não um improviso. Existem gravações de diferentes ensaios. O António apresenta-se, a banda desenvolve um prog-rock com inúmeros solos, mais uma vez, sem nenhuma estrutura. Ensaiavam pelo prazer de tocar. • • Fiz pequenas descobertas que deram um outro sentido a este trabalho: numa das várias versões do “Na lama”, o lead de sintetizador que funciona como refrão é diferente da versão gravada pelos Humanos. Foi esse que usámos. O “Perdi a memória”, nas gravações a que tive acesso, não desenvolve para refrão. O António canta-o, mas o instrumental mantém-se na parte A. Para completar a canção, mantivemos o espírito e fomos buscar o pré-refrão e refrão ao original gravado em disco. • O facto de conhecer bastante bem os dois discos do António Variações ajudou-me muito neste trabalho. Vivi intensamente o “Anjo da Guarda” quando saiu. Um pouco mais tarde, o “Dar e Receber”. Uma cassete que ouvi até se dissolver no meu primeiro carro. • • O que também facilitou e tornou este trabalho um prazer foi ter-me rodeado de amigos. Amigos que também são excelentes músicos. Os meus companheiros nos Balla, Pedro Monteiro, Duarte Cabaça e Vasco Duarte. A amizade e a admiração pelo trabalho do António foi o que nos uniu. • Uma última palavra para a surpresa que foi o Sérgio Praia e a sua evolução como cantor. Este disco não era para existir, nunca nos passou pela cabeça tocar estas canções ao vivo. Mas aí estão! • Tudo isto só foi possível pela segurança que o Sérgio nos deu. Ele cantou as canções no “plateau”, os momentos do filme em que actua ao vivo em Fiscal são arrepiantes. Dá-me vontade de querer prolongar esta aventura. Espero que nos acompanhem. • • Armando Teixeira
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