Professores resolvem conflitos em escola no DF na base da conversa











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http://fantastico.globo.com/Jornalism... • Pesquisa encomendada pela Secretaria de Educação do Distrito Federal mostra que 69,7% dos alunos da rede pública afirmam já ter visto algum tipo de agressão física no colégio. • Em uma escola pública de periferia, a violência era tamanha que os alunos se atacavam a facadas. Até que, um dia, começou uma revolução do bem. É um exemplo para todo o Brasil. • Vandalismo generalizado. Entrava em sala, pichava, quebrava cadeiras, chutava, bagunçava , admite o estudante Alair Evangelista da Costa Junior. • Ameaças dentro e fora da aula. Vou riscar o seu carro, vou furar o seu pneu, vou te bater! Eu participo de uma gangue! , enumera a professora de biologia Camila Almeida. • Brigas incontroláveis. Pode pegar a caneta e meter na barriga, na cabeça, no olho , diz a estudante Kamilla de Jesus, que foi expulsa da escola depois de acertar um murro em uma colega. Eu desloquei o nariz da menina , recorda. • O que está acontecendo com as escolas públicas da capital? Uma pesquisa encomendada pela Secretaria de Educação do Distrito Federal mostra que 69,7% dos alunos da rede pública afirmam já ter visto algum tipo de agressão física no colégio. E 65% dos professores dizem já ter sofrido ou testemunhado alguma ameaça. Ao todo, 22,4% deles dizem já ter visto alunos portando armas de fogo dentro da escola. • Os pais muitas vezes saem cedo para trabalhar e esses meninos se criam sozinhos nas ruas , diz Leísa Sasso, diretora do Centro Educacional São Francisco. • É o que acontece em São Sebastião, uma das cidades mais pobres do Distrito Federal. Lá 88,6% dos moradores que trabalham passam o dia fora para ganhar, no máximo, um salário mínimo. Entre 14 regiões escolares, é a terceira mais violenta. • Até esfaqueamento a gente já presenciou , diz a professora Camila Almeida. • Foi no começo do ano letivo. Uma adolescente levou duas facadas de uma colega de turma. Uma pegou na barriga e a outra quase perfurou o pulmão. Ela mudou de escola e até de cidade com medo de ser atacada de novo. • A agressão foi em frente à escola, à luz do dia, diante de centenas de testemunhas. A violência existe, é fato. Mas, pelo menos no Centro Educacional São Francisco, em São Sebastião, no Distrito Federal, casos extremos assim estão cada vez mais restritos ao lado de fora. Do portão para dentro, algo mudou. Ninguém imaginou que a escola pudesse um dia levar os conflitos na conversa. • Com quase 3 mil adolescentes em três turnos, o Centro Educacional São Francisco é uma fábrica de confusão. • O conflito existe diariamente. O conflito não tem fim! , afirma a diretora da escola, Leísa Sasso. • O aluno chega primeiro. Tenso. Irritado. O professor vem em seguida. Aborrecido, zangado. Clynfiton Rodrigues pediu a um colega que fizesse um trabalho no lugar dele. O professor Carlos Alberto Franco Neto não gostou. • Quando eu questionei o aluno, ele respondeu de uma maneira agressiva, em frente à sala de aula, que aquele trabalho era dele , diz o professor. • Alguns professores têm que ser um pouco mais calmos , reclama o estudante. • Uma mesa redonda, tempo para falar à vontade e dois mediadores: uma aluna e um professor. • Ele não está chateado porque você não fez o trabalho. É pela forma agressiva com que essa situação foi colocada , diz o mediador. • Os dois desabafam, os mediadores ajudam a encontrar a chave da concórdia. • Na hora eu estava muito alterado, muito nervoso. Eu não sabia nem o que estava fazendo , diz Clynfiton. • Às vezes a gente não percebe a reação que tem. Acho normal , diz o professor Carlos Alberto, que afirma compreender a reação do aluno. • Às vezes, só de o aluno dizer o que sente já melhora, porque tem alguém escutando , diz Flávia Tavares Beleza, do Instituto Pró-Mediação. • Foi o que fez a professora Camila Almeida quando assumiu a turma que ninguém conseguia controlar. Ela garante que agora consegue levar uma aula até o fim. Antes eu não conseguia. Esse curso de mediação faz a gente enxergar o quanto é importante parar para ouvir , diz. • A façanha de conter a violência num contexto de pobreza, tensão social e hormônios explosivos talvez se explique mesmo pela descoberta do afeto cada vez que um conflito chega ao fim. As minhas amizades eram aquelas só de bater. 'Se você não fizer isso comigo agora, você não é minha amiga'. E hoje eu já tenho! , comemora a estudante.

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