O SOCIALISMO UTÓPICO DE CHARLES FOURIER
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REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA: Reale, G.; Antiseri, D. – Historia Da Filosofia Vol. V • Charles Fourier (1772-1837) foi discípulo de Saint-Simon e autor de escritos que, por sua extravagância e genialidade, apresentam elementos profundos para a meditação histórica e moral. • A idéia central de Fourier é a de que existe na história um grandioso plano providencial, do qual não podem estar excluídos o homem, seu trabalho e o modo de constituição da sociedade. A Providência divina pôs em toda a humanidade “as mesmas paixões”. E essa “atração passional” — “a única intérprete conhecida entre Deus e o universo” — não pode ser frustrada e reprimida. Segundo Fourier, a lei da atração terrestre, descoberta por Newton, pode ser generalizada de modo a abranger também a vida dos homens: as paixões humanas são “sistemas de atração” e, portanto, devem ser satisfeitas. Por isso, se quiser respeitar o plano harmônico de Deus, a organização social deve tornar atraente o trabalho, para o qual o homem se sente chamado. Desse modo, ao invés inibir a tendência natural ao prazer, é preciso utilizá-la tendo em vista o máximo rendimento. • Fourier diz que as três grandes épocas históricas que existiram até então — a dos selvagens, a dos bárbaros e a dos civilizados — inibiram o desenvolvimento harmonioso das paixões humanas, com todo aquele acúmulo de conflitos e dissensões, dos quais nossa sociedade “civilizada” não está imune. • A civilização era grande coisa para os iluministas (aperfeiçoamento material e espiritual progressivo da humanidade), mas, para Fourier, a “civilização” significa o triunfo da mentira, como o demonstra o comércio, em virtude do qual, passando de mão em mão, as mercadorias aumentam de preço, mas não de valor. • Para ele, é a “civilização” que, através do regime da livre concorrência, onde cada qual persegue seu próprio interesse sem pensar no dos outros e da comunidade, aumenta a miséria, ainda que os bens estejam disponíveis em maior quantidade. • Por outro lado, não apenas a economia é perversa, mas também a moral. • Ele escreveu uma obra chamada O novo mundo industrial (1829) na qual ele diz que no estado atual, o homem está em guerra consigo mesmo, pois suas paixões chocam-se entre si — e a ciência que se chama moral pretende reprimi-las. Mas, como observa Fourier, “reprimir não é harmonizar”, sendo na verdade o objetivo o de “alcançar o mecanismo espontâneo das paixões, sem reprimir nenhuma”. Segundo Fourier, a moral atual bloqueia as paixões e gera assim a hipocrisia. • Nesse sentido ele propõe então um certo tipo de racionalização das paixões. • Todas essas considerações levam Fourier a sustentar que as paixões ou “atrações” não devem ser coibidas, e sim liberadas e direcionadas para o seu rendimento máximo. • A nova organização do trabalho e da sociedade • Fourier estava convencido de que a organização adequada para tal fim era a “falange”, grupo de cerca de mil e seiscentas pessoas que vivem em um “falanstério”. • Os falanstérios seriam unidades agrícola-industriais, nas quais as habitações seriam albergues e não casernas, e onde cada qual encontra oportunidades variadas para satisfazer suas inclinações. • As mulheres seriam equiparadas aos homens; • a vida familiar é abolida, já que as crianças seriam educadas pela comunidade; • desapareceria o trabalho doméstico. • No falanstério vigora a liberdade sexual. • Ninguém estaria vinculado a um trabalho específico. Cada qual produziria o que lhe agrada produzir. • Entretanto, para evitar a monotonia da repetitividade, cada indivíduo aprenderia pelo menos quarenta atividades profissionais e muda de trabalho várias vezes ao dia. Os trabalhos desagradáveis e sujos seriam confiados às crianças, que experimentam grande prazer em brincar na sujeira. • Não devemos esquecer que alguns discípulos de Fourier tentaram realizar seu programa. Foram constituídas falanges na Europa e nos Estados Unidos. As experiências faliram, mostrando o caráter utópico das idéias de Fourier. Entretanto, ultimamente, Fourier voltou a ser levado em consideração, no sentido de ter sido precursor de concepções que, em alguns aspectos, não estariam muito distantes das suas, como, por exemplo, as de Eros e civilização , de Herbert Marcuse. • • EMAIL: [email protected] • http://profilocri.blogspot.com.br/ • Curriculum Lattes: http://lattes.cnpq.br/6359723688396030 • Site: http://quimeras.webnode.com.br/ • Canal: / cpbbh . • #socialismo • #igualdade • #utopia
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